De Deus N'Alma a Primavera o Amor

De Deus N'Alma a Primavera o Amor


Pelas linhas, caminhavam nos traços o doce amor,
pelas trilhas que desembocavam na dor,
na alma que se perdia a pensar,
entre as lágrimas fluía o amargo sabor.

A vida que lhe sussurrava as alegrias de outrora,
em que sorria as palavras a caminhar,
e entre as curvas dos desencontros não se achar,
e em si a revelar todo o presente temor,
das alegrias que fugaz se vai entre as linhas escapar.

Palavras que caem, e celeremente, como folhas se vão
perdem-se ao tempo entre as multidões
que as devoram como ferozes cães,
não preenche mais o peito o calor,
e o gélido vazio que como rio revoltoso as palavras se vai a carregar,
o amor que a desabrochar e contemplar a doce flor,
se vão ao findar da primavera.

E diante a pensar o que poderia de ser,
se pelo amor não mais as palavras estivesse a faltar,
seriam os novos rumos traçar,
e o que tudo poderia sem algum receio dizer,
"Que ainda sim o amor existir pode, que de certo e com fé,
de Deus ver, em um momento singular nascer um amor ímpar."
 
Wandeson Ricardo

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