Moça



Não me eras uma sombra a parede apenas,
Uma aparente ilusão tão viva,
Que com elegância ímpar,
Flutuava a passos leves,
Sobre aquela terra batida,
Onde ao vento se ia aquela poeira
Em um ar seco,
Que a garganta a quase fechar-se ardia,
nem mesmo o calor mais existia,
nem se notava o chão dum barro cinza avermelhado
rachado do calor por onde corriam os pequeninos gatos.
Felinos estes, de famintos, eram demasiado miúdos.

E entre as folhas secas, e os galhos desnudos,
via eu aquele olhar, aquele sorriso dum brilho intenso
que escondia-se por um minuto mais tão logo ressurgia,
e em seus leves passos que a dançar contornava o imenso tronco, já cortado, que se percebia já fora frondosa árvore.
E que agora como banco, ou pequeno recanto para as peripécias de gatos e gatas astutos serviam.
Via, pois, nele a sombra de um só longo vestido seu que corria
e tão serenamente, nas melódias, perdiam-se.
Encantei-me, "Ah como estive encantado",
e de tal forma mesmo colegas perto estariam,
ouviram tão logo meu suspiros quando seu sorriso vislumbrei.
A mim mesmo disse, "Como novamente queria este sorriso junto a mim que mais vezes estivesse".


Joaquim Isidoro Ernesto Bastião

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