- São os de
sempre... ruas escuras e vazias.
A melodia tão
melancólica, sofrida, em suas ondas em fluído movimentos caminham
ruas adentro as poucas luzes revelam os pequenos bares e restaurantes
com suas mesas às ruas e calçadas. Tão sutilmente ecoam os triste
e doces perfumes e aromas. Postos a mesa os “crepe suzette” e
“quiche lorraine” acompanhados dos vinhos dos mais belos recantos
envelhecidos e em seu tom e sabor acompanham mansamente a noite que
suavemente melancólica vai.
E vai-se aos passos
lentos d'amour que seguem a doce música que delicada vai a passar,
como um caminhante, por entre os amantes cujos beijos e abraços
entrelaçam a noite que delicadamente passa. Ao sabor da cena, a luz
perfeita é magnifica.
"Tre bone!"
Grita o emigrante em seu esperanto ao sotaque francês, acompanhando
solitariamente a canção que vai e à todos conduz em suas lentas
batidas, passadas elegantes e graciosas tão nobre e resplandecente.
- E se vão a
revelar, pois sim, nas vielas antes escuras, surgir o brilho boêmio
e docemente melancólico d'uma fugaz alegria dum momento feliz que
passeia em um dia ensolarado de poucas estrelas e frio. Mas contudo,
sim, um adorável frio. Em meus pensamentos e passos acompanho a ruas
em suas doces vozes cantarem aos que passam e brindam l’amour.
Wandeson Ricardo
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